Sabado, 7 de agosto de 2010


Reticência

1) "Os três pontos seguidos (reticência) empregam-se para deixar o sentido suspenso, por ironia ou por antífrase".1

2) Nada impede a combinação das reticências com outros sinais: ..., ?... ?!... !... !?...

3) Interessante lembrete vem de Luiz Antônio Sacconi acerca dos trechos de outros autores, empregados, por exemplo, na elaboração dos arrazoados jurídicos: "Se a citação ou a transcrição não começar com a palavra inicial, colocar-se-ão reticências logo após a abertura das aspas. Da mesma forma, devem ser usadas as reticências no final, antes do fechamento das aspas, se a intenção é não terminar a referida citação ou transcrição".2

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1Cf. NOGUEIRA, Júlio. A Linguagem Usual e a Composição. 13. ed. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos, 1959. p. 148.

2Cf. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa Gramática. São Paulo: Editora Moderna, 1979. p. 247.

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Dúvida do leitor

O leitor André Azevedo envia à seção Gramatigalhas a seguinte dúvida:

"Como transcrever trecho de música? Emprega-se, no final da citação, reticências e aspas seguidas de ponto final; só reticências acompanhadas de aspas; ou aspas seguidas de reticências?" 

Envie a sua dúvida.


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José Maria da Costa

 

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“Esta obra é fantástica! ... um trabalho monumental de pesquisa e inteligente organização, em ordem alfabética, das expressões em português e em brasileiro, tudo bem comentado, explicado em linguagem simples, com exemplos didáticos e enriquecido com citações de outros autores, quase todos os que contribuíram para a construção da catedral do idioma... melhor que as quase noventa mil páginas da internet, melhor que todos os autores de trabalhos sobre a arte de escrever, melhor que todas as respeitáveis obras até hoje publicadas como orientadores lingüísticos ou como auxílio e tira-dúvidas da língua portuguesa... Enfim, estamos diante de um esplêndido resultado de anos e anos de pesquisas e locuções e de expressões da língua, cuidadosamente dicionarizadas e inteligentemente estudadas, explicadas, expostas com rigor sóbrio de linguagem absolutamente lúcida, nos dois sentidos de lucidez: brilhante e precisa.” Saulo Ramos

Dr. José Maria da Costa, autor das Gramatigalhas e do Manual de Redação Profissional, é graduado em Direito, Letras e Pedagogia, advogou por mais de dez anos antes de ingressar na Magistratura paulista, classificando-se em primeiro lugar. Já aposentado, integra a Advocacia Rocha Barros Sandoval.

Mestre em Direito pela PUCSP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Membro da Academia Ribeirãopretana de Letras Jurídicas. Professor de Linguagem Forense na Universidade de São Paulo e na Escola Paulista da Magistratura, Professor de Direito Civil na Universidade de Ribeirão Preto, foi Diretor da Associação dos Magistrados Brasileiros, e é Diretor do IMB - Instituto dos Magistrados do Brasil.

 

 


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Esta matéria foi colocada no ar originalmente em 3 de dezembro de 2008.
ISSN 1983-392X

 



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